Simuladores realistas oferecem um novo nível de veracidade à aprendizagem. No entanto, para um treinamento de simulação imersivo, também são necessários dispositivos de alta fidelidade.

A aprendizagem baseada em simulação mais eficaz é realizada em um ambiente seguro com o emprego de casos estruturados de pacientes que representam situações reais ou potenciais. Essas simulações viabilizam o preparo dos alunos para o trabalho na área clínica.

Para Magnus Ove, vice-presidente de plataformas físicas da Laerdal, o realismo está em alta ultimamente. A equipe dele trabalhou com um artista de efeitos especiais de Hollywood para adicionar detalhes realistas à aparência física de nossos simuladores, especialmente do mais recente SimMan 3G PLUS.

De acordo com Ove, “estudos mostram que, se o ambiente em que o aluno está praticando não é um cenário próximo do real, o aluno não se envolverá totalmente no exercício[1]. E o aprendizado fica comprometido quando não há engajamento”.   

O realismo pode mitigar as necessidades de melhorias da qualidade dos serviços de saúde?

De acordo com o diretor de aprendizagem da Laerdal, pode sim. Conforme afirmou Michael Sautter, "Simulações de cuidados em saúde eficazes e eficientes equilibram dois fatores, conhecidos como "os dois Rs": Realismo e Relevância. O que determina como deve ser o equilíbrio entre eles são, em grande parte, os resultados de aprendizagem (ou melhoria) que você almeja."

"Em outras palavras, o resultado desejado pode ser determinado pelos fatores de entrada como simuladores e o realismo que oferecem. Não há dúvida de que simulações eficazes podem ser alcançadas com ferramentas de simulação menos realistas. Mas vemos um claro potencial de incorporar realismo na simulação de cuidados na área da saúde,” acrescentou Sautter.

Realismo em nome da fidelidade

A fidelidade está ligada ao quanto uma simulação imita ou amplifica a realidade.[1] A simulação está sendo usada na formação em saúde mais do que nunca e pode oferecer uma experiência totalmente imersiva quando dispositivos de alta fidelidade são empregados. 

Além das características realistas presentes no molde, nos traumatismos e nos sinais cirúrgicos, manequins de simulação com detalhes delicados e realistas, como veias, imperfeições, pelos e pele envelhecida em diferentes etnias, incentivam o manejo mais natural, trazendo um novo nível de realismo ao treinamento em saúde.

Realismo para diversidade e igualdade

O treinamento com simulação é frequentemente elogiado pela oportunidade que oferece aos alunos de interação com um paciente "real". Por que não melhorar esse realismo usando um perfil de paciente completo com diferenças raciais, étnicas, socioeconômicas, geográficas e religiosas?

Um estudo bi-nacional mostrou que os alunos de enfermagem melhoraram a conscientização cultural após participarem de uma experiência de simulação.[2] Nesse estudo, os alunos usaram um checklist de avaliação como um guia para entender seus pacientes simulados. Enquanto o checklist reforçava questões e observações importantes em uma interação transcultural (ou qualquer outra) do paciente, a simulação em si proporcionou a oportunidade de colocar a teoria em prática.

O futuro é diversificado

Para treinar efetivamente a próxima geração de profissionais de saúde e prepará-los para tratar pacientes de todas as origens, a Laerdal tem o compromisso de desenvolver diferentes etnias usando peles da face intercambiáveis (onde a aparência do paciente pode ser trocada de acordo com os cenários de treinamento desejados), e oferecer maior realismo com detalhes pintados à mão por artistas de efeitos especiais.

Sautter comentou: "Em ambientes de alto risco e alto rendimento, como um hospital, o realismo em simulações é mais do que um fator de higiene destinado principalmente a suspender a crença e criar envolvimento. O realismo pode muito bem ser o que determina a própria qualidade do cuidado oferecido naquela instituição. Estruturas de equipe complexas e com fins específicos, equipamentos altamente avançados e uma vida em jogo exigem o mais alto grau de realismo para aperfeiçoar o funcionamento da colaboração interprofissional que comprovadamente é um fator determinante dos resultados do paciente.

"Além disso, aprendemos que a diversidade e a equidade são fatores subestimados na formação em saúde. Proporcionar aos alunos da área de saúde o realismo tão necessário na aprendizagem tem o potencial de trazer a ponderação de volta para a assistência médica de qualidade para todos."

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