Nos últimos anos, a Surviving Sepsis Campaign, tem pressionado para identificar a sepse precocemente e iniciar o tratamento rápido para diminuir a mortalidade.4 Um estudo realizado pelo Greenville County EMS (GCEMS), nos EUA, constatou que a antibioticoterapia na primeira hora após o reconhecimento da sepse grave contribuiu para uma taxa de sobrevivência de 80%.5 Essas descobertas motivaram o sistema GCEMS a desenvolver um protocolo de avaliação e tratamento para paramédicos e socorristas em campo. Quando aplicado, esse protocolo resultou em uma menor taxa de mortalidade devido à sepse no histórico do sistema hospitalar.
A experiência do GCEMS aponta para uma oportunidade de outros sistemas de atendimento médico de urgência causarem um grande impacto.
Identificar a sepse pode ser um desafio para paramédicos, pois não contam com o mesmo acesso a laboratórios e imagens que os médicos em um pronto-socorro. No entanto, evidências sugerem que o reconhecimento efetivo da sepse no atendimento de urgência exige apenas que o profissional avalie a frequência respiratória, a frequência cardíaca, a temperatura e uma possível infecção.6
Embora a medição do lactato possa ser útil para determinar a gravidade da sepse, ela pode não ser necessária para reconhecer a sepse e iniciar o tratamento.
Para a identificação da sepse, os especialistas recomendam o treinamento de paramédicos e socorristas com três cenários específicos de simulação:
- Sepse padrão
- Diferenciar sepse ou pneumonia da gripe
- Choque séptico.7
Esses três cenários em particular foram identificados para garantir uma avaliação mais abrangente do paciente e um tratamento mais rápido dos pacientes sépticos.
Cenários pré-programados podem proporcionar o benefício da padronização entre todos os provedores de cuidados de emergência. O treinamento baseado em simulação pode fornecer os meios para que provedores de cuidados de emergência básicos e avançados sejam treinados para diagnosticar a sepse com mais rapidez e precisão.