Ir para o conteúdo

Insights de especialistas sobre a formação em enfermagem com foco nas competências

Especialistas discutem a importância da simulação na formação com foco nas competências na enfermagem e dão conselhos para os programas.

 

Como a simulação ajuda na formação em enfermagem com foco nas competências?

Michelle C. Moulton, DNP, RN, CHSE, CNE, RYT-200
Diretora do Centro de Excelência Clínica
University of Maryland St. Joseph Medical Center

Michelle: Acredito que a formação com foco nas competências começa com uma ideia muito clara de como o enfermeiro formado deve ser e que pode ser transferida para a prática. E acho que, em primeiro lugar, essa conversa entre a academia e as clínicas para determinar o perfil desse formado é um dos primeiros passos mais importantes. E acho que isso está acontecendo. Temos o AACN Essentials e alguns primeiros passos na formação em enfermagem para avançar nessa direção. Com essa ideia clara, os educadores podem montar o currículo e as estratégias de ensino para conduzir os alunos a essa ideia de recém-formado já preparado.

A simulação, acredito, dá aos alunos a oportunidade de realizar esse raciocínio clínico — pensar como enfermeiro, aplicar os conhecimentos no contexto do ambiente em que prestam atendimento ao paciente. Isso tudo é feito em meio aos alarmes, interrupções e o atendimento complexo ao paciente. Nós não pensamos e decidimos isoladamente de todos esses fatores ambientais. Portanto, tudo isso precisa ser integrado. A simulação é uma estratégia de ensino experiencial que faz um excelente trabalho ao juntar todas essas peças para que o aluno pratique rapidamente com feedback, com debriefing, em um ambiente no qual ele tenha a segurança psicológica do facilitador, uma oportunidade para aprender, praticar, ensaiar e crescer.

Portanto, se o seu currículo tem simulações, várias oportunidades para esse tipo de prática, os alunos verão melhor onde estão as habilidades, como estão progredindo em relação aos marcos estabelecidos pela formação com foco nas competências, verão por si mesmos e terão mais autonomia no desenvolvimento na enfermagem e na experiência educacional sobre como estão progredindo.

Jocelyn Ludlow, PhD, RN, CHSE, CNE, CMSRN
Professora Clínica Associada de HS e Diretora de Simulação
Universidade da Califórnia, Irvine – Escola de Enfermagem

Jocelyn: Acho a simulação uma ferramenta excelente para que nossos alunos demonstrem uma compreensão abrangente das habilidades que aprenderam, do conhecimento que adquiriram, da experiência em sala de aula e na clínica. Então, à medida que avançamos para uma nova era do ensino de enfermagem, a simulação será parte muito significativa de como os alunos demonstrarão as competências por meio das ações.

Susan Hébert, PhD, RN, CHSE
Reitora Assistente de Simulação
Universidade do Tennessee, Knoxville – Faculdade de Enfermagem

Susan: A simulação criará as situações clínicas que precisamos observar. Nem sempre é possível observar os alunos em todas essas situações em um ambiente clínico porque não é possível padronizá-las lá. Podemos enviar os alunos para uma clínica, mas não sabemos quantos pacientes estarão lá naquele dia, que tipos de paciente estarão lá naquele dia... Portanto, não é possível criar essas situações padronizadas para observar. A simulação é uma forma de criar oportunidades para avaliar a competência em um ambiente observável.

Kelly L. Rossler, PhD, RN, CHSE, CNE
Professora Associada
Baylor University – Escola de Enfermagem

Kelly: Acredito que a simulação deve estar na vanguarda... ao considerar o todo. Ela precisa continuar parte da discussão. E, nessa descoberta, como continuamos a definir, nos dias de hoje, o que é o ensino com base nas competências? Quando reflito sobre minha prática inicial como enfermeira ou na prática atual, ao analisarmos a transição para os ambientes de prática, temos aquelas checklists... que usamos naquele momento, que pode ser o momento perfeito no ambiente em que sou considerada competente. [Mas] e os outros fatores? E o ambiente? A simulação nos trará oportunidades para explorar essas vias [e] expandir a pesquisa sobre esse conceito, além de definir o conceito de educação com foco nas competências.  

Que conselho você daria aos programas de enfermagem que estão começando a adotar a formação com foco nas competências?

Jocelyn: Eu recomendaria que tirem um momento para dar um passo atrás, examinar o currículo, mapear com as competências que querem atingir e, em seguida, revisar o programa de simulação e também mapear com as competências. Na UCI, agora analisamos todas as simulações que temos realizado para identificar quais competências elas estão atendendo. E estamos documentando tudo em uma nova versão do nosso modelo de simulação, que inclui uma seção sobre isso para que seja muito fácil de encontrar e identificar. E então, a cada nova simulação que me é apresentada, quando o corpo docente quer desenvolver algo, eu pergunto: “Quais competências você quer atingir?” Vamos garantir um elo claro para que tenhamos significado no porquê de realizarmos essas atividades e que nossos alunos possam demonstrar competência na prática de enfermagem.

Susan: Encontre os líderes dentro do seu programa para ajudar você. Não é fácil, mas acho que o melhor conselho é que a pessoa que esteja liderando ou encabeçando a iniciativa encontre os líderes para trazer outras pessoas a bordo. ... Encontre as pessoas que ajudarão você a levar isso adiante, em vez de assumir todo o trabalho.

Michelle: Primeiro, eu recomendaria conhecer um pouco da história da educação com foco nas competências — começando com os primórdios na educação e, em seguida, especificamente como e por que a educação com foco nas competências foi incorporada à formação na área de saúde. Já existem formas básicas na formação na área de saúde há muito tempo! Pense nas feiras anuais de "competência" que ainda ocorrem no hospital e em outros ambientes de cuidados — uma série de estações onde enfermeiros demonstram uma variedade de habilidades necessárias para, com segurança, prestar os cuidados ao paciente. Esse “evento de competências” oferece a oportunidade de analisar e de estabelecer um nível de confiança de que os profissionais [que] prestam atendimento às nossas comunidades têm a precisão e a autonomia descritos no escopo da prática — que os pacientes esperam e merecem.   

Agora vamos refletir sobre como esse modelo de criação de confiança e segurança no desenvolvimento da prática de enfermagem se manifesta no lado acadêmico da formação dos enfermeiros: na sala de aula, no laboratório de simulação e nos ambientes clínicos. Uma mudança para a FFC inspira os educadores de enfermagem a desenvolverem currículos que estabeleçam um caminho para o preparo da prática, incluindo marcos que claramente definem o desenvolvimento e a estruturação dos conhecimentos, habilidades e competências (CHCs) necessários para a prática de enfermagem que atenda às complexas demandas dos parceiros de prática e do cuidado ao paciente. O estabelecimento de um modelo de formação com foco nas competências promove uma colaboração clara entre os parceiros acadêmicos e práticos e transforma a transição acadêmico-prática de uma "lacuna" a ser superada em uma "etapa" no crescimento e no desenvolvimento profissional. Saber o “porquê” por trás da FFC me deu uma clareza e inspiração quase imediatas, necessárias para me envolver no “como” implementar a FFC nos programas de enfermagem.

Ajudando você a adotar o ensino com base nas competências

O SimCapture para Habilidades elimina tanto as restrições de tempo para a prática deliberada quanto a escassez... O SimCapture para Habilidades elimina tanto as restrições de tempo para a prática deliberada quanto a escassez de recursos por oferecer uma solução de gerenciamento completa para a simulação. As avaliações aprimoradas entre pares ou...